Cantinho da Brunella

A grandeza de uma nação e seu progresso moral podem ser julgados pela maneira com que seus animais são tratados. (Mahatma Gandhi)

sábado, 9 de outubro de 2010

Laboratório tira emagrecedor sibutramina do mercado nos EUA

Remédios já foram proibidos na Europa e sofreram restrição no Brasil



O laboratório Abbott anunciou que vai parar de vender remédios à base de sibutramina, que são redutores de apetite receitados para quem quer emagrecer, nos Estados Unidos, depois de estudos mostrarem que o produto aumenta o risco de problemas cardíacos. A empresa diz que a decisão foi tomada após pedido do FDA (agência norte-americana que regulamenta os setores de alimentos e remédios). O emagrecedor foi proibido na Europa em janeiro deste ano e teve as vendas restritas no Brasil.
Em comunicado, a empresa diz que “pacientes devem parar de usar a sibutramina e consultar o médico sobre alternativas”.
As restrições foram feitas após os resultados da pesquisa SCOUT (Sibutramine Cardiovascular Outcome Trial), feita pela agência europeia de medicamentos, em que aproximadamente 10 mil pacientes foram avaliados por seis anos com o intuito de relacionar o impacto da perda de peso por meio da sibutramina e problemas cardíacos.
O estudo indicou que o risco de desenvolver problemas cardiovasculares aumenta em 16% nos indivíduos que utilizaram o produto, na comparação com os que receberam placebo (dose "de mentira", sem a substância).
Em nota, o Abbott diz que o risco existe apenas para pessoas que já tenham problemas cardiovasculares e que elas não deveriam tomar o remédio. Mas que os dados não confirmam o problema para a população em geral. Apesar disso, decidiu atender ao pedido do FDA. A empresa diz que está negociando com agências regulatórias de outros países e que deve anunciar decisões sobre o assunto nos próximos dias.
No Brasil, desde março deste ano, esses medicamentos são vendidos com tarja preta e só podem ser fornecidos com apresentação de receita azul, que é numerada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e passa por um controle mais pesado. Em nota, a agência diz que “vem acompanhando o perfil de segurança do medicamento sibutramina e que medidas imediatas foram tomadas em relação ao risco cardiovascular”.
Algumas agências reguladoras mudaram seu posicionamento quanto à permanência no mercado sobre a sibutramina. Todas as medidas estão sendo tomadas no sentido de elucidar os níveis de segurança da sibutramina para os usuários brasileiros, por meio da metodologia de trabalho de farmacovigilância.
Brasil, Estados Unidos e Argentina são os maiores consumidores de moderadores de apetite no mundo, segundo a Comissão Internacional de Controle de Narcóticos, ligada à ONU (Organização das Nações Unidas).

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