O número de doadores de órgãos no Estado de São Paulo cresceu 29,6% neste ano, em comparação com o mesmo período de 2009. Até 15 de setembro, foram registrados 635 doadores, contra 490 no ano passado. Apesar da alta, o Estado ainda está longe dos números registrados em países desenvolvidos como a Espanha: enquanto em São Paulo há 22,3 doadores para cada milhão de habitantes, na nação europeia esse índice é de 35.
Nesse mesmo período deste ano, houve um crescimento de 23,2% no número de transplantes realizados no Estado. Foram realizados 1.696 procedimentos até 15 de setembro, contra 1.376 do ano passado. O transplante de rim é o mais comum, com 1.036 cirurgias, seguido por fígado (474), pâncreas (82) e pulmão (45).
Pela legislação brasileira, a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode acontecer após a autorização da família. Por isso, quem tem interesse em doar órgãos deve manter a família avisada, diz o Ministério da Saúde.
– O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.
No primeiro semestre deste ano, o Brasil realizou 2.367 transplantes de órgãos. Recorde, o número é 16,4% maior do que o registrado em igual período de 2009, segundo o Ministério da Saúde, que atribui o avanço à melhor capacitação dos profissionais do setor. Apesar da alta, os procedimentos seguem concentrados: São Paulo tem mais da metade de todos os transplantes e, juntos, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm outros 20%.
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